Não
havia naquele lugar prados resplandecentes,
não
havia animais níveos nas pastagens
– porque
estas não as havia –,
havia
uma paisagem revolta e agreste
onde
nenhum homem pisara,
onde
nenhum homem bulira.
Nesta
paisagem inóspita e severa
simplesmente
se podia observar,
porque
ela era como as almas livres.
Nesta
paisagem hostil e montanhosa
corria
um pequeno ribeiro de águas revoltas
por
entre pedras lisas moldadas pela corrente
que
cortava a terra em duas,
como
uma veia atravessa o corpo do homem
e
transporta a alma vivente ao coração,
assim
se alimentava aquele lugar,
porque
mesmo os sítios mais bravios
precisam
de sustento para viver,
por
isso, apesar da minha profunda rebelião,
preciso
do teu amor, como aquela paisagem
precisa
da torrente de água para viver.
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